11/07/23

CHAVE DE CADEIA

O ano era 2015. Lembro como hoje, o dia que um amigo, casado com uma amiga, me chamou para ir à praia. Essa amiga sempre foi muito próxima e após seu casamento, sempre me envolvia nos rolês da nova família. Uma família daquelas: Em termos atuais, uma família tradicional. Na praia, em meio a tanto tédio, lembro que procurava sempre me distanciar das criaturas, principalmente para não ter que testemunhar comentários sobre as outras pessoas e piadinhas sem graça a meu respeito, dirigidas a mim mesmo, como se fosse a coisa mais natural do mundo. De todo o grupo, além da minha amiga e seu esposo, valia a pena perder alguns minutos rindo e brincando com o filho de um casal, família de um irmão do tal amigo, que à época era adolescente. Percebia que ele, apesar de sempre rir das coisas sem graça, proferidas em todos os encontros, assim como eu, ficava desconfortável, mas nada podia fazer. Algum tempo depois, soube que estava namorando uma adolescente da escola. Depois dessa, sempre tinha outras.

Outros encontros ocorreram e com o tempo, fui negando os convites que minha amiga fazia, deixando claro que aquela família não era o tipo de pessoas com quem eu queria estar . Foram-se! Uns dois anos depois, encontrei o menino numa academia perto da casa deles. Estava ficando uma delícia! As redes sociais, algo que sempre nos conectou, mas sem muita interação, haviam sumido. Meus encontros com minha amiga, seu esposo e as crianças deles, continuaram. Apesar dele ser da mesma família, tem minha amiga que é louca de tudo e se preciso for, fala poucas e boas para ele, inclusive em público. 

Numa bela tarde, fui convidado para um churrasco na casa da mãe da amiga. Entre uma conversa e outra, perguntei para meu amigo por onde andava o sobrinho, pois nunca mais eu o havia visto.

Em tom baixo, quase em sussurros, para que ninguém pudesse testemunhar a conversa, me disse que " estava perdido nas drogas". " É uma maconha que não tem cura, os pais mandaram até para a casa da tia em outro Estado, para ver se para de matar todo mundo de vergonha ( Carlos Priori, andou mamando algum maconheiro por aí?). " De nada adiantou...mandaram de volta e está por aí na mesma vida".


POR QUE SOMOS ASSIM?


Se você não pensou a mesma coisa que eu, parabéns! Você está em outro nível de consciência. A vulnerabilidade, na maioria dos casos, é o que torna possível o sexo com um boy não gay. 

A vida seguiu e um belo fim de tarde, fuçando em uma rede social, aparece um perfil que não era estranho. Estava com o cabelo platinado e bem mais bonito do que sempre foi.

O kool tremeu. Na foto, ele estava muito bonito e aparentando os seus 23 anos, que vieram a se confirmar quando falamos, assim que eu enviei solicitação. Aceitou no mesmo segundo e já enviou uma mensagem, perguntando como eu estava, onde estava e se estava afim de fazer "algo". Amada? assim confunde e atiça. Nessas horas, se você algum dia teve cautela, não lembra quando foi. Uns minutos de conversa e sugeriu que tomássemos alguma coisa, tomasse um sorvete ( eu ri disso) e trocássemos ideia. Eu disse que estava em casa e que ele poderia aparecer. Como o conhecia desde os 15 anos e sempre tivemos uma relação de amizade tranquila, não considerei que seria um risco, mesmo sabendo do histórico recém sussurrado pelo tio.

Fui pegá-lo no local combinado. Durante o trajeto, me disse que estava trabalhando com transporte de mercadorias. Quis saber se transportava drogas e ele disse que não mais. Que o máximo que fazia, agora, era fumar um baseado, inclusive estava trazendo um pra fumar enquanto bebia. Me certifiquei da quantidade e disse que, em caso de blitz, eu diria que ele era trombadinha filho de amigos e que eu estava apenas dando uma carona. " Aí você me fode" " Não desse jeito, nem serei eu", o tranquilizei.

Cervejas, um sorvete, música e conversa. Fomos bebendo ( eu sem álcool, no truque). após umas e outras, já bem chapado, coloquei a mão sobre sua coxa grossa, e fui deslizando pra dentro do moletom. Estava dura! Segurou minha mão! ( ainda bem que não deu um tapinha) continuou a contar suas coisas e eu a jogar. Na segunda tentativa, não tirou minha mão. Apertei o caralho duro e senti um volume generoso, mas nada absurdo. Pus mão por dentro e antes que eu tentasse mais alguma coisa, ele tirou a bermuda! Quase mandei vestir de novo. Curva pra baixo, ponta fina e aparência exótica. Empurrou minha cabeça e me botou pra mamar. Babona, mas horrível de mamar aquele gancho. Fui mamando e numa infelicidade das distraídas, desci demais. Quando estava no saco, bem embaixo, senti aquela afrouxada e eis que empurra minha cabeça para o rabo. Que rabo lindo do caralho! Ficou de ladinho e conforme eu mamava aquele toba, ele gemia e forçava minha cabeça contra o rabo. Não resisti e fiz ele ficar de quatro. Nesse instante, previ as cenas seguintes e tratei de reverter a situação. Peguei uma camisinha e eu mesmo encapei o anzol do pescador. Ele deitado e eu sentava, tentando fazer aquilo encaixar. Foi. Era delicioso, mas não parava dentro, quando ele bombava. Pedi para que ele sentasse no apoio do sofá e fui no colinho....Que delícia, aquelas coxas grossas, lisas, enquanto via suas tatuagens na perna. Gozei sentando nele. Mal me levantei e ele saiu correndo tomar banho, parecia estar passando mal. Considerei queda da pressão e ofereci uma pausa. A larica bateu no cara e ele devorou um saco de amendoins que tinha para acompanhar a cerveja. Após um respiro, deitamos no sofá e ele virou o rabão, de maneira que deitei a cabeça apoiada nele. de repente, ele abaixa a bermuda novamente e lá vou eu cair de boca naquele rabo. Ele gemia muito e falava " ai...ai...com uma voz que eu não reconhecia ( me nego). Eu passei a usar o dedo e a coisa ficou quente. Pegou na minha rola e começou a bater... " Nunca chupei".

" Nem chupará hoje" , pensei e continuei com a pressão do dedo. O filho da puta começou a bater punheta e gozou comigo socando forte no cuzão, de frango assado. Foi novamente tomar banho e ficamos em silêncio, deitados. Dormimos ali mesmo, agarrados e na manhã seguinte, por volta das 5, ele me pediu pra ir levá-lo na rua perto da casa dele.

Uns dias depois, mandou mensagem e pediu pra vir em casa de novo. Em meio a conversas, falou da vida e do seu processo de transição entre a adolescência e a fase adulta, em meio ao modo de ver as coisas de seus genitores e de sua família em geral. Vi muita vulnerabilidade e percebi que estava me tornando um elo muito importante para ele, principalmente quando manifestou a preocupação de seus pais tomarem ciência de que ele andava me visitando em privado. Relembrou coisas do passado, inclusive os momentos das piadinhas quando das reuniões. Ele precisou " se perder" para se encontrar. Para minha sorte, eu me encontrei bem antes e não precisei me perder. Não seria por ele e sua rola gancho que eu me perderia. Nesse mesmo dia, sugeriu que eu fosse com ele em determinado lugar, para ele poder comprar droga. Diante da minha recusa, sugeriu que eu emprestasse o carro para ele ir. Recusei novamente e disse que ele podia contar comigo em diversos aspectos, exceto para servir de meio para que ele chegasse até onde o vício o obrigava a ir. Mesmo o conhecendo desde sua meninice, eu sabia que ele não era mais aquele adolescente que sentia vergonha ao ver seus parentes tirando sarro de tudo que fosse diferente deles. Tive ciência que mantê-lo por perto, significava problema, do mais simples, ao mais complexo. Desnecessário. Na terceira tentativa de vir em casa, eu lhe disse que não estava. Acho que entendeu o recado. me disse que ficaria off de redes sociais e ia focar no trabalho. Fiz uso do silêncio e dias depois, suas redes estavam desativadas. Aproveitei e usei a opção bloquear.

Tem maneiras de se encontrar e se perder na vida, inclusive por macho. Para você que nunca quer se perder, repita essa frase de um querido amigo:


" Se perca em uma rola, não por uma rola"

Ainda mais um gancho.


Beijo de K